terça-feira, 20 de outubro de 2009

NOVE PAPAGAIOS AMEAÇADOS DE EXTINÇÃO SÃO APREENDIDOS PELA FORÇA VERDE

Nove filhotes de papagaio Amazona aestiva foram apreendidos na noite de terça-feira (13) na zona norte de Londrina. Policiais da 4ª Companhia da Polícia Militar (PM) flagraram um representante comercial de Colorado, Noroeste do estado, em um veículo em Londrina. A ave está ameaçada de extinção e o transporte dela configura tráfico de animais. O homem foi detido e assinou um termo circunstanciado. Mesmo assim, ele pagará multa de R$ 45 mil. “Provavelmente ele veio para cá vender as aves. Mas não nos informou onde”, contou o sargento Reinaldo Vasconcelos dos Anjos, da Polícia Ambiental Força Verde. De acordo com ele, a multa para o tráfico de animais normalmente é de R$ 500. “Mas como os animais são ameaçados de extinção, a multa passa para R$ 5 mil por ave.”


Os filhotes do papagaio foram encaminhados ao Hospital Veterinário da Universidade Estadual de Londrina (UEL) para tratamento médico. “Eles estavam com saúde debilitada. Alguns deles quase desmaiados por alimentação inadequada. Eles serão encaminhados posteriormente para algum criador autorizado ou devolvidos à natureza”, explicou. O sargento considerou o crime como “bárbaro”. “É bárbaro pela situação. O papagaio é um animal muito procurado pelo tráfico porque se adapta com certa facilidade ao convívio humano. Mas passa por um trauma quando sai pela natureza. Muitos morrem no próprio transporte e os que sobrevivem acabam morrendo por alimentação inadequada”, disse.

O nome do representante comercial não foi divulgado. O sargento explicou que, por se tratar de um crime com pena de menos de dois anos de prisão, ele pode assinar o termo circunstanciado e ser liberado.
Fonte: Gazeta do Povo Online

ESPECIALISTA DIZ QUE EM 20 ANOS OCEANO ÁRTICO PODE NÃO TER MAIS GELO NO VERÃO


Um especialista em gelo polar afirmou que o Oceano Ártico poderia perder todo o seu gelo durante o verão e se tornar navegável nos meses mais quentes em até 20 anos."É como se o homem estivesse tirando a tampa da parte norte do planeta", afirma o professor Peter Wadhams, da Universidade de Cambridge. Pen Hadow, pesquisador da Catlin Arctic Survey, estudo realizado durante uma expedição de 435 quilômetros no Ártico Wadhams vem estudando o gelo ártico desde os anos 60. Em uma palestra em Londres, ele apresentou os resultados da Catlin Arctic Survey, uma pesquisa realizada durante uma expedição de 435 quilômetros ao longo do Ártico este ano. Uma equipe liderada pelo explorador Pen Hadow descobriu que as camadas de gelo que se formam no verão têm cerca de 1,8 metros de profundidade, o que é considerado muito pouco em relação ao histórico da região.
Novo consenso

"Os dados da Catlin Arctic Survey servem de base ao novo consenso - baseado na variação sazonal da extensão e profundidade do gelo - de que o Ártico não terá gelo no verão em cerca de 20 anos, e muito dessa diminuição ocorrerá em dez anos", diz Wadhams, que analisou os dados da expedição. "Isso significa que você poderá tratar o Ártico como se fosse fundamentalmente um mar aberto no verão, com possibilidade de transporte pelo Oceano Ártico." Segundo Wadhams, no curto prazo, o derretimento traz alguns benefícios, como mais facilidade na navegação e maior acesso a reservas de petróleo e gás. Mas no longo prazo, a perda permanente do gelo pode acelerar o aquecimento global, mudar os padrões de ventos nos oceanos e na atmosfera e ter efeitos desconhecidos em ecossistemas devido ao aumento da acidez das águas. Pen Hadow e seus parceiros Ann Daniels e Martin Hartley enfrentaram ventos fortes, temperaturas de menos de 70 graus, falta de comida e atrasos no suprimento de mantimentos durante a expedição entre os dias 1º de março e 7 de maio. Hadow admite que a expedição não produziu nenhum "grande salto adiante no conhecimento", mas afirma que ela ajudou os cientistas a entender mais sobre o gelo, com dados que não estavam disponíveis nas medições por satélite e por submarinos. O explorador disse que está chocado com a perspectiva de "em minha vida vermos mudanças em como o planeta é visto do espaço". Ele também disse que as expedições para o Ártico mudaram, e são diferentes do passado, quando cães puxavam trenós pelo gelo. "Os cachorros conseguem nadar, mas eles não conseguem puxar um trenó na água, que é o que precisamos agora", disse. "Agora temos que vestir roupas de mergulho e nadar, e precisamos de trenós que boiam. Eu prevejo trenós que são mais parecidos com canoas, para que possam ser puxados na água."
Fonte: BBC Brasil

ANP VAI COMEÇAR PERFURAÇÕES PARA MAPEAR ÁREA AINDA NÃO CONCEDIDA PARA PRÉ-SAL


Até o próximo mês, a Agência Nacional de Petróleo (ANP) vai começar a perfurar os poços para mapear os 5 bilhões de barris de petróleo que serão repassados para capitalizar a Petrobras – caso o projeto de lei que prevê essa transação seja aprovado no Congresso Nacional. De acordo com o diretor-geral da ANP, Haroldo Lima, os furos serão feitos nas proximidades das bacias de Tupi e Iara, porém, na área que ainda não foi concedida para exploração. “Imagino que precisemos fazer três ou quatro furos no máximo, mas se encontrarmos a quantidade necessária antes disso, estará finalizada a operação”, explicou Lima.


Ele esteve na Câmara hoje (15), para audiência pública na comissão especial que analisa o projeto de exploração e produção do pré-sal. A audiência, contudo, foi adiada para terça-feira (20) devido à falta de quórum dos deputados. Haroldo Lima disse ainda que cada furo para buscar os 5 bilhões de barris de petróleo deverá custar entre R$ 120 milhões e R$ 130 milhões, que serão pagos com recursos de pesquisa e desenvolvimento (P&D). O dinheiro é proveniente de parte da participação especial que as petroleiras pagam para entrar nas licitações de exploração de petróleo. Essa verba é gerenciada pela ANP, que geralmente contrata a Petrobras para fazer as prospecções.


Na opinião Lima, não há problema ético em usar recursos públicos para buscar o petróleo que será repassado diretamente à Petrobras, sem licitação. “Nosso papel é encontrar o petróleo, o que será feito dele é problema da União”, afirmou Lima. Ele argumentou também que os recursos de P&D existem justamente para a prospecção de áreas de petróleo e é para isso que o dinheiro será usado. Ao sair da rápida reunião com deputados, Haroldo Lima ressaltou ainda que o governo não pretende interferir no preço do álcool combustível, nem na porcentagem do produto na gasolina por enquanto.

Fonte: Mariana Jungmann / Agência Brasil

ATIVISTAS DO GREENPEACE FAZEM MANIFESTAÇÃO CONTRA CONSUMO DE ALIMENTOS TRANSGÊNICOS

Um grupo de ativistas do Greenpeace interrompeu hoje (15) a reunião da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) que apresentava, no auditório do Ministério da Ciência e Tecnologia, os processos para liberar a produção de arroz transgênico. Eles são contrários ao consumo desses alimentos.
O presidente da comissão, Walter Colli, começava a mostrar a relação dos institutos pesquisadores, com seus respectivos processos, quando foi surpreendido por uma ativista que usava uma máscara com o rosto da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, acompanhada por um “assessor” e outros ativistas vestidos com macacões e máscaras de proteção contra contaminação química. Outros integrantes da entidade seguravam cartazes que diziam: “Dilma, veneno no meu prato não”. Eles distribuíram arroz-doce aos membros da CTNBio, para representar o arroz transgênico. O protesto foi, também, direcionado à Dilma Rousseff, que desempenha a função de presidente do Conselho Nacional de Biossegurança, cargo que dá a ela o poder de vetar qualquer pedido da indústria de transgênico para a liberação de novas culturas. “Na véspera do Dia Mundial da Alimentação, precisamos chamar atenção para o risco da produção do arroz transgênico ou qualquer outro tipo de alimento geneticamente modificado no país. Desde que foram liberados, só vimos o aumento do uso de veneno no campo e produtores perdendo dinheiro. O brasileiro não quer veneno no prato!”, disse o coordenador da campanha, Rafael Cruz. A Polícia Militar foi chamada para conter a movimentação dos ativistas, porém, por se tratar de uma audiência pública, eles não foram retirados. Walter Colli informou que era preciso continuar o encontro, já que os membros da CTNBio tinham horários de voo marcados, porém, deixou claro, que era preciso manter a ordem. Os ativistas se mantiveram à frente da mesa dirigente acompanhando a audiência. A personagem, caracterizada de Dilma Rousseff permaneceu ao lado do presidente da comissão.
O Greenpeace realizará outras atividades em comemoração ao Dia Internacional da Alimentação, comemorado amanhã (16). Na capital federal, fará eventos no Parque Olhos D'Água, a partir das 16h. No sábado (17), será na Torre de TV às 9h e, no domingo (18), no Parque da Cidade.
Fonte: Agência Brasil

GREENPEACE QUESTIONA EFICÁCIA DE PROJETO 'MODELO' DE REDUÇÃO DE EMISSÕES


Um projeto anunciado como "modelo" de redução de emissões por desmatamento e degradação de florestas (Redd, na sigla em inglês) na Bolívia teve a sua eficácia duramente questionada por um estudo divulgado pelo Greenpeace nesta quinta-feira. O Projeto de Ação Climática Noel Kempff foi financiado pelas empresas americanas American Electric Power, BP America e PacifiCorp, que em 12 anos injetaram mais de US$ 10 milhões na criação de uma área de proteção florestal no nordeste da Bolívia.



As empresas compraram áreas de madeireiras, e o governo criou o Parque Nacional Noel Kempff

Mercado

Os créditos pelas emissões evitadas foram divididos entre as empresas (51%) e o governo (49%). Inicialmente, de acordo com o relatório do Greenpeace, os cálculos indicavam que a iniciativa evitaria a emissão de 55 milhões de toneladas de CO2 em 30 anos, no entanto, um auditor externo reduziu o número para 5,8 milhões. As empresas do projeto de Redd boliviano, entretanto, afirmaram ao Departamento de Energia americano ter poupado 7,4 milhões de toneladas de CO2.



'Vazamento'

A empresa que realizou a auditoria, a SGS, era a maior empresa do mundo especializada em verificar sistemas de créditos de carbono, mas foi suspensa pela ONU em setembro por não verificar projetos satisfatoriamente. A conclusão, segundo o Greenpeace, é que iniciativas de Redd como o Projeto de Ação Climática Noel Kempff "provavelmente não iriam gerar reduções de emissões quantificáveis e podem até resultar em um aumento total nas emissões de gases do efeito estufa", já que empresas poluidoras poderiam comprar créditos que não levam a reduções enquanto continuariam poluindo. Para evitar isso, o Greenpeace sugere que projetos como o boliviano sejam sempre atrelados a metas nacionais de redução de emissões. Os ambientalistas apontam ainda outros supostos "fracassos" do projeto, como "vazamentos" de emissões - ou seja, desmatamentos supostamente evitados que simplesmente teriam sido deslocados para fora da área do parque.


Nos relatórios enviados às Nações Unidas e ao governo americano, o "vazamento" foi estimado em cerca de 15%. "No entanto, o Greenpeace encontrou documentos estimando e projetando o vazamento de até 42% a 60%", diz o relatório intitulado "Armação do Carbono: O Projeto de Ação Climática Noel Kempff e a Pressão por Compensações Florestais Subnacionais". Além disso, a ONG diz que em entrevistas com a comunidade local, descobriu que o projeto não teria beneficiado a região como deveria. Para projetos Redd darem certo, na avaliação do Greenpeace, todos os países deveriam assumir o compromisso de acabar com o desmatamento no mundo até 2020. Os ambientalistas sugerem a criação de um fundo que arrecade US$ 40 bilhões por ano para investimentos na proteção de florestas.

Fonte: BBC Brasil

PELAS RUAS: TARTARUGA MARINHA MARCADA NO URUGUAI CHEGA AO RS APÓS QUATRO MESES

Desde que uma tartaruga marinha com a identificação de um instituto da Flórida, Estados Unidos, foi levada ao Centro de Estudos Costeiros, Limnológicos e Marinhos (Ceclimar), há 12 dias, especulações sobre a procedência do animal não faltaram. Hoje, após trocas de e-mails entre a instituição e a entidade americana, o mistério acabou. Popularmente conhecida como tartaruga-verde, o réptil, da espécie Chelonia mydas, foi anilhada no Parque Nacional de Santa Teresa, em Rocha, no Uruguai, quatro meses antes de ser encontrada por pescadores em Mostardas, conforme a bióloga do Ceclimar, Cariane Campos Trigo, que recebeu a confirmação sobre a procedência apenas nesta quinta.


— Vimos que a anilha metálica é da Florida. Chegamos a pensar que a tartaruga tivesse vindo dos Estados Unidos. Mandei e-mail para o centro de pesquisa na Flórida e eles me responderam que são fornecedores para diversos países. Somente agora tivemos a certeza de que ela veio do Uruguai — explica Cariane.
A tartaruga-verde, de cerca de 35 centímetros de casco e 3,9 quilos, foi entregue ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) por um grupo de pescadores e encaminhada ao Ceclimar noinício de outubro. Após identificado um problema no olho esquerdo, a tartaruga foi transferida para o Hospital de Clínicas Veterinárias da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), para a avaliação de um especialista. A veterinária, mestranda em oftalmologia, Paula Stieven Hünning, realizou uma série de exames na tartaruga, na semana passada, e constatou que ela tem uma lesão de córnea:
— Estamos administrando um colírio antibiótico a cada duas horas. Na semana que vem ela deve passar por uma cirurgia para remoção do olho. É provável que ela fique bem e seja reintroduzida ao ambiente de novo.
Cuidados

Enquanto aguarda a intervenção cirúrgica, o réptil foi acomodado em um tanque com pouca água e um pano úmido para mantê-la sempre hidratada, sem ficar submersa. O diretor do Hospital de Clínicas Veterinárias da UFRGS, o veterinário Marcelo Alievi, conta ainda que a paciente se alimenta bem, por meio de uma sonda.

Programas de marcação de espécies

Em vários países estão instalados programas de marcação das espécies, como o Projeto Tamar no Brasil, para desvendar as rotas migratórias.
— Sabemos que esta espécie vem para o nosso Litoral, mais ou menos neste tamanho, para se alimentar. Quando jovem é carnívora e, herbívora na idade adulta, quando atinge cerca de 60 centímetros. Por isso, quando fica adulta, vai embora do RS em busca de algas — afirma Cariane. A bióloga pede que a comunidade entre em contato com as instituições responsáveis pelo recebimento de seres marinhos sempre que encontrarem um animal, principalmente, com anilhas, para auxiliar nas pesquisas. No Litoral Norte, o contato pode ser feito com o Ceclimar pelo telefone (51) 3627-1309 (51) 3627-1309.
Fonte: Kamila Almeida / Zero Hora

DESMATE VOLTA A SUBIR NA AMAZÔNIA, DIZ ONG.

Depois de um ano em queda, o desmatamento na Amazônia Legal voltou a subir pelo segundo mês consecutivo em agosto. Na avaliação do Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia), que divulgou os dados na terça-feira (13), o maior desmatamento é resultado do programa Terra Legal, que está dando a posseiros títulos de terra públicas na Amazônia. Os dados divulgados pela ONG indicam aumento de 167% na área desmatada, na comparação entre agosto deste ano com o mesmo mês de 2008. Imagens de satélite detectaram que 273 km2 de floresta foram derrubados. Em agosto de 2008, o SAD (Sistema de Alerta de Desmatamento) indicou que essa área correspondeu a 102 km2.

ESSE É O CUIDADO QUE TEMOS PARA COM NOSSA FLORESTA AMAZÔNICA !!!

Segundo o instituto, cerca de 46% desses 273 km2 podem ter sido desmatados antes. Isso porque, em meses anteriores, parte das regiões estava encoberta por nuvens, e não pôde ser observada. De novo, o Pará lidera entre os Estados cobertos pela floresta. Aproximadamente 76% da derrubada da mata de agosto ocorreu em seu território.

O ranking é completado por Mato Grosso (8%), Amazonas (6%), Rondônia (5%) Acre e Amapá (ambos com 2%) e Roraima (1%).Segundo Adalberto Veríssimo, pesquisador da ONG, o crescimento da destruição da floresta indica que a tendência de queda --observada entre junho do ano passado e junho deste ano e comemorada pelo governo federal- não é mais uma realidade. Em julho deste ano, o desmatamento já havia aumentado 93%, de acordo com a ONG. Para Veríssimo, o dado "mais alarmante" é que, pela primeira vez, cerca de metade do desmatamento está ocorrendo em áreas sob a responsabilidade da União, e não mais em propriedades produtivas privadas --principal foco da fiscalização governamental, afirma.Em agosto, 132 km2 foram destruídos em unidades de conservação e terras indígenas, por exemplo. Isso, afirma Veríssimo, mostra que a eficácia da atual política de combate à destruição da Amazônia pode estar chegando ao seu limite.

"É como assaltar a delegacia", diz, sobre a falta de controle do Estado sobre suas próprias áreas. Veríssimo afirma que está ocorrendo uma mudança também em relação ao objetivo da derrubada da mata. Antes, a maior parte do desmatamento era produtivo e servia para abrir caminho para a agricultura e a pecuária. Agora, ele é majoritariamente especulativo e serve para garantir a posse da terra. Ele vê dois fatores que aceleraram esse processo. O primeiro é a sinalização do governo de que deve negociar a diminuição de reservas ambientais - o que incentiva invasões, diz. O segundo é a implementação do programa Terra Legal.
Fonte: João Carlos Magalhães